BlogBlogs.Com.Br O Troco de Risos

domingo, 20 de setembro de 2009

Noite do Handebol (post chato e despretensioso)

Essa semana minha futura host family, que é muito bem remunerada, me convidou pra ir no sábado (por acaso, ontem) pra assistir um jogo da Bundesliga - liga nacional alemã - de handebol aqui numa cidade vizinha. O jogo era do TBV Lemgo (o dono da casa) contra Düsseldorf. Como eu disse, essa família é muito bem remunerada e tinha ingressos pra gente muito importante (leia-se VIP ou "tenho dinheiro, sim senhor"). Eu não tava nem um pouco animado, porque nesse fim de semana rolou um encontro de intercambiários em Hagen, mas eu me inscrevi atrasado e não peguei o lugar - ou seja, tava puto. Mas eu tinha que ir de qualquer jeito, então eu fui (rsrs).


Foi bacana até. Os ingressos VIP te dão direito a uma bela sala com mesa, geladeira com bebida e outros luxos com saída direta pro ginásio. Além disso, tinha comida durante o jogo e um jantar caprichado no final, com direito a os jogadores aparecendo lá pra dar um alô pro pessoal.
Eu torci o tempo inteiro pra Düsseldorf, o time de fora, talvez porque eles tavam de amarelo ou só de maldade mesmo, mas o Lemgo acabou ganhando com 5 gols de diferença.

Maldita rede

Sobre a torcida: incrível como o pessoal aqui é organizado; a torcida é toda regrada, bate palma no mesmo ritmo quando o time fazia gol, tinha um ou dois cantos e ficava EM SILÊNCIO quando o outro time atacava/fazia gol. Ah, vai pra puta que pariu, qual é a de ficar todo mundo quieto quando o adversário tá no ataque? A graça de assistir qualquer tipo de disputa é justamente humilhar, xingar e odiar o adversário até o coração ficar podre de tanta maldade e depois esquecer de tudo isso no final do jogo (sem passar dos limites, é claro). Sério, me diverti mais (no quesito torcer) no último interclasse da escola no Brasil do que ontem. Anh, e também tem as cheerleaders, muito, muito ruins! Ri muito. Elas não sabiam direito o que fazer, metade delas tava acima do peso, erraram várias vezes, divertido e constrangedor. Até filmei um trecho, mas eu não sou tão malvado a ponto de postar isso aqui (ou sou?).

Bom, valeu a pena, ao fim da noite eu tinha pagado de rico e esnobe, assistido um jogaço (não muito emocionante, mas), ter comido de graça (comer de graça ganhou um significado especial pra mim, vivendo de mesada e sem meus pais pra me sustentar) e já poder falar que eu fui num jogo de handebol na Alemanha. Não que isso seja muito especial, mas eu já fui. Próximo passo, assistir um jogo do Bayern - mês que vem, se eu não me engano - que, eu espero, vai ser um pouquinho mais emocionante.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Escola Alemã - Primeiras Impressões

Com um mês aqui na Deutschland, já de pra começar a perceber como tudo aqui mais ou menos funciona, na escola principalmente. Ser novo em qualquer lugar pode ser ruim, com ninguém falando a sua língua então, muito pior. Não deu tempo de aprender muita coisa de alemão na semana que eu tive entre chegar aqui e começar a escola, só um " oi tdbem comovai", "comofas",

"q" e "legau rsrs", essas coisas básicas e que não servem pra nada.
Os alemães são gente boa sim - apesar do que muita gente pensa, eles não são sério e sisudos o tempo todo. São um pouco sem-graça, tá, não lembro a última vez que eu gargalhei aqui e acho que isso tá até afetando meu humor, mas pelo menos eles são bem esforçados em ser prestativos.
O estudo em si é bem diferente do brasileiro. Pra começar, aqui (óbvio, mas vale constar) todo mundo estuda na escola pública. Pois bem.
O esquema de aulas funciona assim: você escolhe o que vai estudar, desde que sua grade tenha pelo menos uma matéria de cada "pacote" (Física, Química e Biologia é um pacote, e por aí vai), e os horários são bem variados e flexiveis. É bom e ruim ao mesmo tempo, já que você estuda o que quer, mas não o que (talvez) deveria. Como consequência desse sistema, você tem que ir aos professores, e não o contrário. Isso significa corre-corre em cada troca de aula, um negócio quase sempre cansativo. Como cada um escolhe suas aulas, cada matéria é uma turma diferente; a minha turma tem uns 50 alunos, uns 20 em cada aula, juro que eu ainda encontro gente nova de vez em quando.

Minha escola, numa fota minúscula da internet. Sempre esqueço de levar a câmera.

Outra coisa que eu estranhei, mas que não sei como é exatamente no Brasil (na escola pública), é a quantidade de faltas que os professores têm ; por semana, dá pra contar com pelo menos duas aulas livres, e o bom disso é que você pode entrar e sair da escola quando quiser, o que te dá liberdade pra ir num café ou no parque com os amigos quando aparece uma folga.
O conteúdo das aulas, pelo pouco que deu pra perceber (já que eu não entendo necas de pitibiribas delas) são bem mais participativas, com literalmente a classe toda levantando a mão e se esforçando pra aprender a aula inteira. Ah, aqui ninguém conversa durante as aulas. Porque será, né? Dá muita vergonha quando algum parente de intercambiário que tá na América latina vem falar de como é a escola por lá...
Apesar de aqui a educação ser aparentemente bem melhor, eu nunca trocaria a escola daqui com a brasileira. São completamente diferentes, mas eu fui moldado pra me encaixar na segunda e não tem como fugir disso. Não há lugar como o nosso lar, né?

ps: follow me! twitter.com/renatotamaoki

Alemanha - Cheguei, porra!

Depois de estudar bastante, uma prova. algumas pilhas de pápeis preenchidos, um passaporte, um visto e muita, muita, muita bronca dos meus pais, cá estou eu, Detmold, NRW, Alemanha.

Bom, foi uma tristeza só deixar minha cidade, família e amigos, mas, como quem vai se interessar em ler isso são justamente minha família e meus amigos, eu vou começar contando a partir do meu embarque.

Dei tchau pra minha família e entrei naquele lugar (sei lá o nome daquilo), passei as malas, passei pelo free shop e peguei uma puta fila pra entrar no voo. O Dunga, da seleção, tava logo na minha frente na fila. Mas eu, besta que sou, fiquei vendo uns italianos tirarem foto com ele e, quando eu vi, ele já tinha ido pra fila da classe A. OK.
O voo foi chato. Voar é uma merda, se você não pode pagar uma poltrona do tamanho de um assento de um ônibus circular. Eu sentei na janela então, quando a vontade de ir no banheiro chega, você tem que acordar ou incomodar duas pessoas do seu lado e se espremer todo.
Enfim, saí do avião, peguei as malas, e fui lá pra fora (não sei o nome), e minha host family estava me esperando. Ekkehart, o pai, que tá sempre preocupado em me recepcionar de algum jeito, Sieglinde, a mãe, que é muito engraçada meeeesmo, faz uns gestos engraçaralhos; Ann-Kathrin, que também é intercambiária (vai pros USA hoje), Nele, a mais nova, uma menina muito sapeca (homenagem ao Itamar) e o Malte, que não foi no aeroporto. Ele se veste de um jeito um pouco diferente, mas é bem gente boa. Muito amigáveis eles, me abraçaram e tal, me fizeram sentir como um intercambiário que vai pro Brasil (modéstia à parte).

Como minha cidade fica a umas três horas de Frankfurt (onde eu cheguei), eles decidiram ir almoçar na mãe da minha host mother. Muito simpática ela, uma verdadeira vovó, tal qual as minhas (beijo vós!), hehe. O avô é um pouco doente, mas foi bem simpático também. O almoço foi uma salada, um macarrão que parece que passou um pouco do ponto e um tipo de strogonoff de frango só com o frango (imaginem!), até que é bom! O primeiro estranhamento mesmo foi a bebida: aqui, em todo lugar, só tem a gasosa água com gás. Caramba, não consigo gostar disso. Tô com sede há uns dois dias.

Chegando em Detmold, umas 9 da noite, ainda tava claro. Eu não sabia ou não lembrava, mas a hora que o sol se põe/nasce varia aqui com as estações. E é por isso que eles gostam tanto do verão. Cheguei em casa, bem simpática, e no meu quarto, só pra mim! Rá! Ele é grande, tem uma mesa pro computador, um guarda-roupas, um sofá, um pufe, uma mesinha cetral, a cama e um CARPETE! Carpete! Forget the shoes, tem carpete aqui! Enfim, eu não tinha despertador, então tive que dormir de cortinas abertas. Foi ruim, mas eu não passei má impressão logo na primeira noite. Enfim, acho que é só isso do primeiro dia. Beijundas.

domingo, 7 de setembro de 2008

Review - Turma da Mônica Jovem

Taí, aconteceu, enfim. A Turminha cresceu.

Todo mundo que alguma vez na vida leu TdM(acredito que cem porcento da populaçao brasileira alfabetizada) já imaginou como seria, aposto que sim. Eu mesmo, sempre construí uma adolescência da TdM totalmente escrotizada, com isas bacanas do tipo a Mônica dando pro Cebolinha, Magali bulímica e o Cascão maconheiro vagabundo. E porra, como ia ser legal, minha vida seria tão mais feliz.

Mas aí vem o Maurício ( que é praticamente um irmão pra mim) vem e me aparece com essa, e do pior modo possível: "em estilo mangá!". Cacete, isso nunca ia dar certo, nunca dá, isso de copiar os mangás. O que eu vi foi  aquilo que eu não queria ter visto: uma historia infantil, com um roteiro pior ainda, mudanças pra lá de absurdas. Capitão Feio virou Poeira Negra, Anjinho virou Céuboy (!), Magali controla a alimentação, Cebola (é assim que ele é chamado agora) quase não fala mais errado, Mônica é gentil e bacaninha e Cascão toma banho(inevitável, mas ainda sim, decepcionante).
 A história é tão ruim que não vale sequer ser comentada, alguma besteira relacionada a Japão feudal, ou qualquer coisa assim. Pior que ela só o papinho de " Nós crescemos e somos adolescentes agora, mas nunca vamos perder valores como companheirismo e amizade!".Os desenhos estão bons, legal, os personagens foram bem "crescidos" nesse quesito, mas me pareceu que o "estilo mangá" queria tanto ser mostrado que diversas situações idiotas foram inseridas sem necessidade(braço pra trás coçando na nuca aparecem pelo menos cinco vezes).

É, a única coisa que vale no gibi-mangá é um vestígio daquilo que eu gostaria ver (a TdM adolescente, realmente): Cascão saindo do banheiro e passando material genético na mão do pai e Cebolinha dando uma boa olhada no corpanzil da Mônica. No mais, não vale os R$4,90. Decepcionante.

Nota 5,5 (pela curiosidade)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Conto - Tormento Cotidiano

Inspirado em um certo amigo meu, espero que gostem leitores (todos os 3 e meio!).

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Saiu do trabalho às pressas, trombou com um tanto de gente, pediu algumas desculpas rápidas, não havia tempo, Desculpa, desculpa, e saiu do prédio num segundo. Encontrou um amigo, sorriu amarelo, Olá, perguntou da família, ele disse que perdeu o pai, Mas justo agora tinha de morrer este velho, tenho tanta pressa, pensou, alguns abraços, Conte comigo pra tudo, adeus, e lá se colocou o rapaz a voar outra vez, cada vez mais alto e mais rápido.

Alcançou o carro, Chaves, chaves, tremia como se a morte quisesse lhe beijar, e era isso o que aconteceria caso não chegasse logo em casa. Acelerou, e acelerou, e diminuiu, o engarrafamento diário da Marginal, calculou e concluiu que não agüentaria, seria ali mesmo, como último esforço tentou relaxar a mente, Quem sabe não passa, ligou o rádio, tocava rap do momento, ou coisa assim, trocou, a boa e velha Música Popular Brasileira, fechou os olhos e conseguiu relaxar por alguns segundos, mas logo voltou a sofrer, quando o corpo recomeçou o tormento.
Chegou em casa, enfim, já estava ele entre Este e Aquele mundo, agia mais pelo instinto do que por qualquer outra coisa, a visão era turva e as pernas tremiam.
Entrou no elevador, junto de uma senhora que carregava suas compras com um certa dificuldade, apertou o décimo andar e não se sentiu mal por não ajudá-la, era ele quem precisava de ajuda, afinal. 
O desespero o presenteou com um sorriso, que tinha um certo quê de loucura, a dor tem dessas coisas, às vezes é tão intensa que muda, repentinamente e vira graça, ainda que por alguns instantes.
Por que, Senhor, por que, pensava, quando o elevador chegou ao seu andar. Correu.

Abriu a porta com violência, passou pela cozinha do pequeno apartamento, chegou à sala de estar e viu que tinha visitas, Olhe quem veio nos visitar, Amor, disse sua esposa enquanto puxava seu braço, que ele puxou de volta com pressa e disse, já em movimento, Os senhores me dêem licença, que preciso ir ao banheiro. 
Caminhou devagar o esperado caminho, render-se-ia enfim à natureza. Ainda ouviu a mulher começar a contar de seus problemas de intestino quando entrou e trancou a porta do banheiro.
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segunda-feira, 21 de julho de 2008

VoltandôÔÔ.....

Eu lembro exatamente o dia em que eu decidi me arriscar naquele tal intercâmbio; minha irmã mal tinha saído do Brasil, chegava na Dinamarca e nos contou de lá que, já no seu segundo dia, estava vivendo tantas emoções e como era legal tudo aquilo; foi aí que eu parei, pensei e resolvi "quero um desses também".

Daí pra hoje foram alguns anos, algumas inscrições, algumas reuniões, muito estudo, uma prova, uma bela colocação, a escolha de um país.
Agora aqui estou, com a minha mãe, há pelo menos umas 3 semanas, preenchendo um tal Application, colhendo assinaturas, fazendo exames, fazendo e redações e traduindo muita, muita coisa.

Às vezes dá vontade de desistir. Eu paro e penso, porque diabos eu quero tanto abandonar a escola, a cidade, os amigos, a família, a namorada, o meu mundo, pra sair daqui com algumas muitas malas nas costas e chegar em um país que eu mal conheço, viver lá por um ano, na casa de alguns desconhecidos, o que é uma viagem perto de continuar vivendo essa vida que eu tanto amo?
Às vezes dá uma vontade louca de já estar lá. Ficar por conta própria, aprender a cuidar de mim mesmo, fazer algumas centenas de amigos, aprender outra língua, conhecer outras culturas, o que é um ano longe de tudo perto de passar por um rolo compressor de emoções e aprendizado?
Não faço idéia, talvez eu me dê bem, talvez eu sofra, talvez eu perca um ano da minha vida ou ganhe alguns, quem sabe?

sábado, 24 de maio de 2008

Videozinho engraçadzinho

Vi lá no Yablog!, de uma tal banda Weezer, que eu, sinto muito, não conhecia, mas colocou um milhão de referências internerdicas e fez um clipe muito bem feito, vale a pena assistir e procurar todas. Olha aí.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Astrônomos encontram uma supernova bem nova - ou quase isso

Após uma busca intergalática, os astrônomos da Nasa conseguiram encontrar algo que procuravam há 50 anos: uma supernova "supernova". É isso mesmo: a supernova mais recente já encontrada, com apenas 140 aninhos. Essa estrela morta é apenas o primeiro exemplo de toda uma “população” desaparecida, que os cientistas buscam há décadas. Continue aqui.


Tá, tá, isso não vai mudar muito sua vida, mas agora veja a imagem da danadinha:




Olhe de novo.
Reflita.
Reflita mais.

Só uma palavra: FIREFOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOX!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




Rá!!!

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domingo, 4 de maio de 2008

"Disco novo do Death Cab for Cutie? Mas já?"

Essa me pegou (e muita gente também) de jeito. Um tal de Jerome Holeyman postou, há mais de um mês, 1º de abril(o dia mais sem graça do ano), o novo disco do Death Cab for Cutie, Narrow Stairs (que tinha sido prometido pro mês de maio), no blog dele. Foi aquele fuzuê, o disco se espalhou rapidamente (nada mais justo) por todos os cantos da internet, chegou à comunidade do Death Cab no Orkut e eu acabei baixando, já queo grupo tá no meu top 4 de bandas(e porque eu sou muito do ilegal, sim senhora).


Death Cab For Cutie

Só que, como todo 1º de abril todo o mundo vira engraçaralho por um dia, o rapaz malandramente colocou um cd falso no blog dele; como o nome das faixas e uma música já tinham sido divulgadas, tudo que ele fez fez colocar os nomes corretos, a música divulgada (I Will Possess You Heart) e preencheu todo o resto com uma tal banda alemã, Velveteen, que é beeeem parecido com o Death Cab.
Parecido no som, porque na qualidade, é muito diferente, tanto que eu baixei, deitei relaxadamente no sofá pra escutar e dormi na quinta faixa, pra só acordar uns 50 minutos depois, me perguntando o que porras era aquela porcaria.

Enfim, tudo foi descoberto, o cara ganhou uma bela publicidade pro blog dele (ele inclusive disse, nessa matéria, que já fez isso com o Interpol), o cd novo já tá rodando por aí (compre o original!), todo mundo se divertiu e eu só fiz esse post pra poder divulgar o Death Cab for Cutie(que é foda demais) pra quem ainda não conhecia e voltar a postar de novo. Ou não.

ps: Alguém aí já reparou o número absurdo de links que eu coloco em cada post? Só nesse aqui foram cinco. Não dá pra evitar.